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29/07/2009Viena e Paris - Roque de Brito Alves
29/07/2009Publicado no Diario de Pernambuco - 29.07.2009
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1 - Viena ainda conserva atualmente o título de "Capital Mundial da Música" que lhe foi conferido desde o Séc. 18, época em que residiram na capital austríaca gênios como os de Beethoven, Mozart, Haydn, Schubert, etc, que legaram ao mundo as suas composições imortais.
O que nos impressionou, nesta nossa recente visita, é que Mozart ainda continua a ser a maior atração turística de Viena e da própria Áustria pois as suas obras são diariamente apresentadas, em grande número, nos teatros (as óperas) e nas inúmeras salas de concertos (sinfonias, concertos de piano, etc.) da capital sempre lotadas e os milhares de turistas que viajam para Salzburg, a sua cidade natal, sendo quase impossível agora em temporada de verão conseguir-se um lugar nas agências de turismo para tal fim, encontrar-se hospedagem então nem pensar.
Mozart (e em segundo lugar Strauss com as suas valsas) permanece como o maior ídolo, o símbolo maior do povo austríaco, povo muito culto que vive em um país belíssimo em suas paisagens de casas pitorescas, sem grandes problemas sociais, de baixo nível de criminalidade, de grande qualidade de vida, com ballet e música nas praças e jardins das cidades, a arte ao ar livre para o povo. Afinal, Viena destaca-se por sua arquitetura monumental, do apogeu do período imperial no Séc. 19 (o da dinastia dos Habsburgos) que lhe concede um ar de poder, de grande impacto visual como nos palácios do Parlamento, da prefeitura, do Museu de Arte e de História, da Biblioteca Nacional, do Edifício da Ópera, Palácio Schönbrun (que tentou ser o rival do Palácio de Versalhes, na França), etc., etc. além do magnífico barroco de suas igrejas, a famosa catedral gótica de São Estevão, etc.
2 - Paris como a capital da cultura e do "charme" não parece sentir os efeitos da atual crise econômica mundial, com os seus milhões de turistas (seis milhões este ano - número maior que o de turistas no Brasil - somente para visitar o Museu do Louvre, a grande maioria para ver sobretudo a célebre pintura de Da Vinci que é a "Mona Lisa", uma atração que permanece como um misterioso fenômeno universal), predominando agora os turistas japoneses em vez dos americanos como ocorria até recentemente. Aliás, devido ao período das grandes férias (julho, agosto e até o início de setembro) costuma-se dizer que em tal época encontra-se em Paris todo mundo, menos o francês...
Tendo o governo reduzido o imposto sobre alimentos, nos restaurantes parisienses as refeições ficaram mais razoáveis, assim como também nos hotéis sobretudo devido à concorrência, pois muitas vezes em uma pequena rua encontram-se quatro ou cinco estabelecimentos de três estrelas que são os mais procurados, muitas vezes vizinhos entre si.
Quanto ao mais, Paris permanece, em nossa opinião, como "a mais bela cidade do mundo", com o seu encanto ou "savoir vivre" e em termos de cultura tudo o que se tem dito (inclusive em artigos nossos anteriores) a seu respeito pode ser reafirmado, os adjetivos esgotam-se, desnecessário repetir queé sempre "uma festa".