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16/12/2009O mundo volta seus olhos para o Brasil - Rodrigo Colares
16/12/2009Publicado no Diario de Pernambuco - 16.12.2009
rodrigo@dafonteadv.com.br
OBrasil é o maior mercado da América Latina, o quinto país mais povoado do mundo (com mais de 180 milhões de pessoas) e a nona economia mundial. De acordo com o The Economist, a economia brasileira cresceu uma média de 4,4% ao ano no período de 2004 a 2007 e seu PIB foi de 1,6 milhão de dólares em 2008. Após um breve período de contração ocasionado pela crise internacional, o Brasil saiu na dianteira mundial, tendo registrado no segundo trimestre de 2009 uma alta de 1,9% do PIB em relação ao trimestre imediatamente anterior, segundo dados do IBGE. A realização da Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá em 12 capitais brasileiras, e dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, impulsionará tanto a geração de novos negócios e empregos quanto a boa imagem do Brasil e do seu ambiente empresarial no mundo.
Um dia após o anúncio do Rio como sede das Olimpíadas, periódicos de todo o mundo ressaltavam a pujança do país. Um bom exemplo está na Espanha, que é o segundo maior investidor no Brasil, atrás apenas dos EUA. O Cinco Dias, um dos mais respeitados jornais econômicos espanhóis, anunciava na primeira página que "as empresas espanholas também ganham com o êxito do Rio", dando ênfase na matéria à atual participação espanhola nos negócios brasileiros e aos cerca de 35 bilhões de euros (cerca de 90 bilhões de reais) que serão injetados no Brasil com o evento, que criarão por volta de 120 mil novos empregos ao ano em todo o país. O jornal El País, um dos maiores da Espanha, destacava: "Brasil, um país cansado de ser emergente". Não é por menos. Segundo um estudo do Banco Mundial, o país, que atualmente ocupa a 9ª posição, deve se tornar a 5ª maior economia do mundo em 2016.
Com o cenário econômico atual de recessão na quase totalidade dos países do mundo, empresas europeias que detêm conhecimentos, tecnologias e produtos ainda escassos no Brasil têm demonstrado grande interesse em estabelecer alianças com empresários brasileiros, tanto para atuação interna quanto noexterior. Os setores e possibilidades são virtualmente ilimitados: tecnologias da informação, telecomunicações, indústria do entretenimento, infraestrutura, construção, setor naval e serviços de apoio ao setor naval, imobiliário, energia (com destaque às energias renováveis), transportes ferroviários, indústria de transformação, hotelaria, turismo, dentre outros.
Essas alianças são cruciais para um posicionamento rápido e eficaz das empresas brasileiras e podem se revestir de diversas roupagens jurídicas: franquia, licenciamento de tecnologia, licenciamento de direitos de marca e de eventos de entretenimento, transferência de know-how, distribuição, corretagem, consórcio, agência, abertura de novas empresas conjuntas e até a compra de empresas já existentes ou de suas participações. Além disso, há outras formas de alianças empresariais possíveis e que não necessariamente seguem um modelo legal pré-estabelecido.
É um momento ímpar na história econômica mundial, em que as empresas brasileiras devem se organizarpara serem mais competitivas no mercado local e, em sentido inverso ao que historicamente ocorreu no Brasil, posicionarem-se no mercado global. Para tanto, uma assessoria internacional presente nos dois eixos é de extrema valia, além de reduzir custos e empregar maior efetividade aos negócios.