Escola Legal terá apoio de ONG sueca

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22/07/2010

Escola Legal terá apoio de ONG sueca

22/07/2010
Escola Legal terá apoio de ONG sueca

Fonte: TJPE

O Projeto Escola Legal, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), vai contar com apoio da World Childhood Foundation, Organização Não Governamental (ONG) sueca, que ajuda trabalhos em favor de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Representantes da Childhood Brasil , braço da instituição no país, se reuniram, na última segunda-feira, 19, com o juiz Paulo Brandão e a equipe técnica da Vara Regional da Infância e Juventude da 1ª Circunscrição para conhecer o projeto.

O coordenador de programas sênior da Childhood Brasil, Itamar Batista Gonçalves, disse que a ONG pretende dar suporte ao Escola Legal, especificamente na vertente que atua na prevenção e repressão ao abuso sexual. As ações da entidade, no país, se concentram exclusivamente no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, o que justifica o interesse específico.

Para os técnicos da Vara Regional da Infância e Juventude, a escola é o meio mais propício para identificar casos de criança vítima de abuso. O professor, pela sua relação de proximidade com os alunos, tem maiores possibilidades de perceber as mudanças de comportamento da criança, a qual tende a ver no educador uma pessoa em quem pode confiar.

Após conhecer os objetivos e estratégias do Escola Legal, os representantes da Childhood Brasil confirmaram o apoio ao projeto. A entidade vai partilhar sua experiência no combate ao abuso sofrido por crianças, assessorando da construção do projeto à sensibilização dos parceiros em potencial. Esse trabalho também inclui palestras para escolas, pais de alunos, ONGs e instituições públicas que atuam com o problema.

A Childhood Brasil também dará suporte na capacitação dos comitês, que serão formados por gestores de escolas, professores, representantes de pais, membros do Conselho Tutelar e estudantes universitários que atuarão como mediadores. Cada grupo receberá formação específica. Professores, por exemplo, aprenderão técnicas para saber identificar o abuso e como abordar a criança vitimada.

O juiz Paulo Brandão avalia o apoio da ONG como de grande importância, em razão das dificuldades naturais em se coibir o crime de abuso sexual. “O abusador geralmente é um sujeito inteligente. Muitas vezes, é bem conceituado, paga seus impostos, tem prestígio na comunidade. Não é fácil puni-lo, porque geralmente contra ele só pesam as acusações da criança”, explicou o magistrado.
 

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